domingo, 12 de abril de 2015

Whiplash - Em busca da perfeição (2014)

Andrew Neiman em um ensaio sob a pressão de Terence Fletcher

Você já tentou tocar algum instrumento? Já tentou ser bom tocando este instrumento? Quis ser o melhor tocando-o? Se chegou até a última pergunta com um "sim", você vai entender perfeitamente o "espírito" do longa "Whiplash - Em busca da perfeição".

O filme conta a história de Andrew Neiman (Miles Teller), um jovem baterista, estudante do melhor conservatório de música dos Estados Unidos (urra!). Inspirado em outro grande baterista, ele tenta dar o máximo de si, se empenhando diariamente, em busca da... ah, tá no título(rs). Porém, neste caso, Carlos Drummond de Andrade estaria certo, pois, sim, "tinha uma pedra no meio do caminho" de Andrew. Essa pedra se chamava Terence Fletcher (J. K. Simmons), um professor de música tão severo e impiedoso quanto aquela pior professora de matemática que tivemos no colégio. Alguém se lembra do chefe de Peter Parker no jornal? Sim, é o mesmo ator.

Terence Fletcher (acima) e J. Jonah Jameson (em "Homem-aranha")

Voltando > Fletcher inferniza a vida de Andrew e dos outros músicos do conservatório, tratando-os com extremo rigor e rebaixando-os psicologicamente. Neiman, que começara como baterista substituto, chega a revezar a titularidade na bateria com outros dois músicos, até o dia em que exige o posto principal para uma apresentação da banda. Com a enorme pressão imposta por Fletcher, Andrew se desespera ao se atrasar para o concerto, acaba capotando o carro que alugou, mas mesmo ensanguentado chega ao teatro, toca, erra demais e é demitido da banda/conservatório.

Depois de ter sangrado bastante nos ensaios, no capotamento, ter dado um fora (tolo) na namorada(?), o baterista está mais tranquilo agora, mas tem a chance de dar o troco em Fletcher. Há algum tempo atrás, um ex-aluno do conservatório se suicidou devido à depressão causada pelas atitudes enérgicas do professor e, agora, é a vez de Andrew denunciar Fletcher, o que acarreta em sua demissão do conservatório.

Por fim, Fletcher passa a tocar em bares de jazz como convidado. Numa dessas apresentações, encontra seu pupilo na platéia e o convida para participar de uma nova banda. Andrew aceita na hora. Mas o que era um convite aparentemente para apaziguar a relação entre os dois, se revela um novo troco. Durante a performance, o professor diz a Neiman que sabia que era ele o responsável por sua dispensa e o faz tocar uma música totalmente desconhecida, ao que o baterista se atrapalha todo e é desmoralizado com a seguinte frase dita por Fletcher "Eu acho que você não tem talento".

Andrew no solo final do filme

Andrew chega a sair do palco, mas ao encontrar o pai nos bastidores, decide voltar e mostrar seu valor e o melhor do filme: ele vira uma BATERIA HUMANA. Toca num ritmo alucinante, como nunca antes, deixando o professor muito surpreso com o que vê. Um solo emocionante para um filme meia-boca com alguma boa atuação.

Ah, se ele encontrou a perfeição? Ele não, mas o filme ganhou 3 Oscar's (incluindo o de melhor ator coadjuvante para J. K. Simmons)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O Protetor (2014)



Sabe aquela velha expressão "frio e calculista"? Bom, aplica-se quase que perfeitamente ao personagem Robert "Bob" McCall (Denzel Washington), um ex-policial que, agora, trabalha em uma fábrica.

McCall tem o hábito de acordar de madrugada e ir à lanchonete perto de sua casa para tomar chá e ler livros. Neste mesmo lugar, uma jovem prostituta, Teri (Chloë Grace Moretz)está triste e, aos poucos, lhe chama a atenção como ela é muito mal tratada por um de seus "clientes".

Em um passeio com a garota pelas ruas, dois homens num carro, param e, à força, fazem-na entrar. Bob tenta intervir, mas é impedido por um dos sujeitos. Essa situação começa a intrigar o ex-policial.

No dia seguinte, Bob descobre que Teri foi fortemente espancada e está na UTI. Ao vê-la no hospital, ele descobre que mafiosos russos estão por trás de tudo e vai até eles, querendo "comprar" a liberdade da jovem.

Até aí, o título cai bem ao filme, mas Bob não é um simples "protetor" e que ajuda a todos. Ele é quase um Bruce Lee (risos) e às vezes lembra o estilo de enfrentamento de Steven Seagal. Por não concordarem em libertar Teri, o protetor mata cinco, seis russos numa sequência extremamente rápida de golpes.

Ao saber do ocorrido, o chefe da quadrilha, Teddy (Marton Csokas), tenta de todas as maneiras encontrar Bob para matá-lo, mas o protagonista é mais rápido e mais esperto. Com um pouco mais de tempo, o protetor começa a investigar sobre a máfia russa e descobre que há também policiais corruptos envolvidos nos roubos e casos de prostituição.

Ao final, Teddy e mais alguns capangas fazem os colegas de trabalho de Bob de refém dentro do galpão da empresa. Para "facilitar" o serviço, o ex-policial apaga boa parte das luzes do local e, assim, vai eliminando um por um, até chegar a vez do chefão russo. Com um tipo de clavadora, ele dispara contra o vilão que morre rapidamente, sem mostrar resistência alguma.

Bob ainda acha tempo para ir até a mansão do grande chefão, Vladimir Pushkin, e mata-o eletrocutado na banheira. A cena final mostra Bob reencontrando Teri na rua, já recuperada das lesões e com ânimo para recomeçar sua vida.

O longa é uma adaptação do seriado "The Equalizer", da década de 80.