Russell Crowe na mira de Logan Lerman, em Os Indomáveis.
Por Ivan Sílva
Nada como assistir a um bom filme
sobre o velho oeste norte-americano. As damas sempre estupidamente belas e
sensualmente misteriosas, os mocinhos contra os bandidos sujos, os índios à
procura de novos escalpos, os xerifes durões e os covardes. Sem falar das
vilas, onde acontecem as batalhas sangrentas, os duelos...
Em diversos filmes Far West você já espera os velhos
clichês de sempre. Costumo assistir vários em seqüência, e o fim de todos é, na
maioria das vezes, previsível. Não que isso seja ruim! É a lógica dos filmes de
velho oeste e ponto. É a receita de feijão, arroz e bife à milanesa que deixa
todo mundo satisfeito.
Mas de vez em quando surgem certos condimentos
como “Django Livre”... Ou outros, tipo “O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford”... E alguns eletrizantes e muito, mas muito 'triloucos' como “Os Indomáveis”. É desse último que eu
quero falar...
O filme, remake do clássico de
1957, estreou em 2008, e conta com lendas no elenco como Russell Crowe, que
interpreta o terrível Ben Wade, Christian Bale (Dan Evans) e o semideus PeterFonda (Byron McElroy), que nesse filme é coadjuvante, mas abençoa a trama com
sua presença divina!
Dan é um fazendeiro que enfrenta
sérias dificuldades financeiras, e corre o risco de perder sua propriedade por
conta delas. Tudo que ele precisa é de apenas US$ 200 dólares... E um homem
endividado é capaz de tudo, não é mesmo? Até de se oferecer para escoltar o
perigoso e temido bandido Ben Wade, junto a um grupo, até o trem que o levará
para a prisão e o enforcamento.
A partir daí, você não consegue
mais desgrudar os olhos da tela. Deixa a cerveja e os petiscos de lado e fica
com o queixo entre mãos, alucinado! Comigo foi assim, e não era efeito do
álcool kkkk.
Você descobre o porquê de o filme
se chamar Os Indomáveis. E o ditado popular de que “dois bicudos não se beijam”
se torna uma lei. Pois bem, Russel Crowe e Christian Bale não se deixam
intimidar um pelo outro. O bandido não quer ser preso, e o fazendeiro precisa
dos seus dólares. O resultado dessa briga é uma trama repleta de cenas com muita
ação, tentativas de chantagem, fugas, diálogos ácidos entre os personagens e a
perseguição implacável do bando de Ben Wade ao grupo que escolta o bandido. O
longa foi dirigido por James Mangold, e o roteiro espetacular é obra conjunta
de Halsted Welles, Derek Haas e Michael Brandt.
A minha obsessão, desde que comecei este texto,
era contar o final do filme ou deixar pelo o menos uma pista sobre ele. Mas
isso seria um pecado mortal, com certeza. Se Ben Wade consegue ser preso, eu
não sei. Muito menos posso afirmar se Dan Evans consegue seus estimados
dólares. Só sei que é um dos finais mais surreais que eu já assisti em um filme
do gênero. Realmente, de tirar o fôlego!
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