A pequena Liesel pegando um dos poucos livros que restaram da pilha incendiada pelo exército nazista
Assim como 'O diário de Anne Frank', este sim é um ótimo filme com história paralela à Segunda Guerra Mundial e que faz menção à importância da leitura e da escrita para o crescimento humano.
O que a verídica Anne Frank tem em comum com a fictícia Liesel (Sophie Nélisse)? Tudo. Para começar o contexto histórico. Ambas viviam em lugares tomados pelo regime nazista, em meio à "grande guerra". Já deu para entender um pouco o título do filme, não é mesmo?
Analfabeta, a jovem Liesel aprendeu a escrever com o pai adotivo (Geoffrey Rush). Criou seu próprio dicionário, registrado nas paredes da singela casa.
Por que a menina roubava livros? Porque tinha sede de conhecimento. Tinha sede e os nazistas fecharam (queimaram) a "torneira". Então, ela foi junto à fonte ver se encontrava alguma "gota de saber" para enriquecer seu vocabulário, seu aprendizado.
Assim como tudo o que era proibido, a garotinha lia escondida. Foi vista em flagrante na biblioteca do prefeito da cidade. Liesel ia à casa apenas para entregar as roupas lavadas que sua mãe havia lavado, porém a primeira-dama admirou o gosto por leitura da pequena e lhe permitiu voltar outras vezes.
O que é pior? Roubar livros ou sonhos?
Em "A menina que roubava livros", o exército nazista queima uma grande pilha de livros, trazidos pelos habitantes da cidade. Se pensarmos bem, décadas se passaram e os governantes continuam queimando possibilidades - e a fumaça que sobe não deixa o povo enxergar um futuro mais digno. Os sonhos ainda são roubados e muitas vezes trocados por ilusão monetária que não traz nenhum desenvolvimento humano.
Que haja mais crianças e jovens como a menina que roubava livros, mas que construía o mundo que desejava dentro de si.
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